quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

EXPERIÊNCIA SOBRENATURAL – 1999

O jejum prosseguia e o dinheiro acabou. Havia um padeiro que passava pela nossa rua vendendo Paes em uma Fiorino branca, sempre muito simpático, enquanto eu tinha dinheiro eu comprava, quando acabou, nada, mas tínhamos feito amizade pois toda manhã quando passava ele parava o carro e dava pão para minhas duas cachorras: Malu e Kiki. Elas sabiam o horário dele passar direitinho e já esperavam ansiosas no portão.
Um dia ele falou comigo que de um dia para o outro não podia vender os Paes, se ele podia separa para elas um saco com o pão velho e o pão que por ventura caísse no chão. Aceitei mas disse que não compraria mais pão pois não podia comê-lo, mentira, eu não tinha como pagar.
Ele disse que não tinha problema porque gostava delas e queria deixar o pão. Pois bem, todos os dias estava lá o pão no portão, velho ou caído, era o que eu tinha para comer. O dia que não sobrava ou não caía no chão, nem eu nem elas, não comíamos nada.
O pouco dinheiro que a representação nos dava, pagávamos o aluguel, a gasolina por que ele viajava a região serrana e para o almoço, apenas, pois como ele dirigia ficava com medo de deixá-lo sem comer, pedia para ele levar o dinheiro que eu dava um jeito. O jeito era pão do chão ou pão velho!
Neste período nada de noticias de emprego, mas tinha declarado que aquela vaga era nossa e acreditava nisso.
No dia 31 de março, fiz o ultimo dia de jejum, quando foi 14h30minh eu comecei a chorar e a murmurar, perguntava para Deus o “por quê?” dela não ter aceitado a minha oferta, o meu propósito. As 15H em ponto me coloquei de joelhos para consagrar o ultimo dia chorando, de fome e de dor pois nada tinha acontecido nestes dias. Acabei de orar e levantei, o telefone tocou e pensei, como atenderia soluçando mas fui e era o Adilson, dizendo que haviam ligado para ele pois a vaga era nossa e precisavam de nossa documentação com urgência para começar e assinarmos o contrato com data de 01 de Abril de 1999.
Desliguei o telefone, voltei para o joelho e chorei de novo, muito pedindo perdão e agradecendo a Deus a porta que ele abriu, agradecendo também a experiência dada e o que aprendi: É no tempo de Deus e não no nosso!
Assim a Adcelta nasceu e o casamento com a Sherwin Williams do Brasil dura até hoje, para honra e glória do Senhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário