quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

UMA MUDANÇA BRUSCA DE ENDEREÇO – 1993

O meu pai Ary se casou em 1993 com a “namorada menina” e mudou-se para um apartamento em Cascatinha, mas constantemente nos ameaçava em nossa casa de nos colocar para fora e etc...
Minha avó era quem segurava a peteca, eu e Adilson por muitas vezes pensamos em sair, mas ela não queria ir conosco, dizia que havia lutado muito para comprar e construir aquela casa e queria ficar ali, acabamos engolindo sapos e jacarés por causa dela, até que ela adoeceu. Minha avó Carú ou Carolina, como preferir, morreu em janeiro de 1993, ela ficou internada um bom tempo no hospital onde fui ser financeira quando saí da Texaco, depois ficou na minha casa, foi para o apartamento do Ary com a esposa e voltou para o hospital para não sair mais.
No dia seguinte ao seu enterro, um sábado, meu pai chegou esbravejando na casa e dizia que era dele e que precisávamos escolher até domingo á tarde, se pagaríamos aluguel ou deixaríamos a casa, sem mais 1 minuto a mais. Minha avó tinha feito um testamento por que por várias vezes ele ameaçou vender tudo e colocar eu e meu irmão para fora, ela para nos proteger fez o documento passando a casa para mim e para Marcio, com uso e fruto dele, isto é, eu e meu irmão só teríamos a casa após a morte dele. Ele chegou gritando e nos chamando para briga, dizendo que ia cobrar aluguel meu e de Adilson. Que gostou da pintura e da reforma que fizemos na casa para ele, e pediu para não quebrarmos o Box do banheiro, pois ele gostou muito e ria de nós dois. Ficamos humilhados e eu, em particular irada, mesmo por que, por pior que ele fosse eu não esperava isso dele.
Quando ele saiu da nossa casa, eu disse que para pagar aluguel iria para outro lugar e assim foi feito, procuramos casa feito uns loucos e o Jacir nosso padrinho de casamento disse que poderia nos alugar uma casa na Ponte de Ferro, que foi do filho dele e estava fechada há alguns anos. Nós até havíamos achado outra casa, mas só estaria livre em 15 dias, então, não tínhamos opção, preparamos a nossa mudança às pressas e no domingo à tarde saímos da casa. Quando a última caixa saiu, ele chegou com a esposa, sorrindo e surpreso, ambos foram para a sala e começaram a gargalhar e gritar: MARAVILHA!
Os vizinhos que me conhecia desde o berço ficaram boquiabertos com a covardia e outros choraram de ver o pai tirando, expulsando a filha de dentro de casa de uma forma tão feia.
Mas, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Cristo, o que parecia ser ruim foi bom, a nossa independência e amadurecimento, como casal, havia chegado.
Fomos para a casa no bairro Ponte de Ferro e ficamos por 15 dias, meu maior temor era de que ele poderia não estar satisfeito com o que fez e aparecer na minha porta para aprontar.
Em fevereiro mudamos para a casa de Correas, conforme o prazo estipulado.

2 comentários:

  1. Sua história me comoveu, é difícil passarmos por dificuldades geradas por parentes tão proximos a nós, do proprio sangue. Pra mim foi dificil sair da casa de meus pais e a busca pra comprar casas é tão cansativa e frustrante na maioria das vezes. Mas graças a deus tudo se resolve. Bjo querida fique com deus e sucesso pra você!

    ResponderExcluir
  2. Verdade a luta é muito grande mesmo!!!

    ResponderExcluir